Empresas precisam lidar com uma quantidade crescente de dados todos os dias. O cuidado em gerenciar e proteger essas informações é conhecido como Governança de Dados.
Ou seja, as companhias não precisam apenas acessar informações, em muitos casos sensíveis de seus clientes, mas também encontrar maneiras de garantir a privacidade e segurança desses dados.
Afinal, vazamentos e acessos desautorizados comprometem o relacionamento com o cliente e podem destruir a reputação de uma companhia no mercado.
Diante disso, estabelecer uma sólida e rígida política de Governança de Dados passou a ser uma prioridade, visto as razões apresentadas.
Para definir conceitos e abordar práticas e desafios relacionados ao gerenciamento de dados, a Five Acts preparou esse artigo para enriquecer um debate muito fundamental para as empresas que estão passando por uma transformação digital.
Podemos definir a Governança de Dados como um conjunto de diretrizes e procedimentos que são voltados ao gerenciamento, uso e proteção das informações que estão sob responsabilidade da empresa.
Sendo assim, a Governança de Dados só é possível quando seus quatro principais pilares estão em perfeito estado de alinhamento, sendo eles as pessoas, os processos internos, tecnologia e as políticas e regras externas.
Desse modo, esse conceito se aplica ao ciclo de vida dos dados em sua integralidade, desde a coleta e processamento, até o armazenamento e compartilhamento.
Com a legislação a respeito da privacidade ficando cada vez mais complexa e rigorosa, como a LGPD, no Brasil, a Governança de Dados não é vista apenas como uma prática para ganhar vantagem competitiva, mas um ponto crucial para que as empresas atuem no mercado de forma ética e em concordância com a regulação.
Podemos afirmar que o principal objetivo de uma política de Governança de Dados é garantir a acessibilidade, a confiabilidade, a utilização, a segurança, a democratização responsável e a compatibilidade das informações que circulam em sistemas de uma organização.
Para que esses objetivos sejam alcançados, há alguns desafios que precisam ser superados. Vamos analisá-los?
Como conquistar clientes se a empresa não sabe nada sobre eles? É por isso que a coleta de dados sobre eles é essencial para garantir que o plano estratégico de crescimento seja colocado em prática.
Porém, se essa coleta e posterior armazenamento não acontecer com segurança, todas as operações da empresa serão comprometidas.
Faz-se necessário, portanto, que as empresas tenham total transparência no momento da coleta das informações, informando a finalidade para qual os dados serão utilizados, com quem serão compartilhados, dentro outras informações, além de protegê-las contra invasões mal-intencionadas a seus sistemas de gestão e plataformas digitais.
Uma empresa que atua em muitas localizações, por exemplo, precisa lidar com uma quantidade exponencial de informações a cada segundo.
Quando não há um controle sobre o volume de dados, a organização perde eficiência e se coloca em uma posição maior de vulnerabilidade.
Apesar do volume informacional, a empresa precisa ainda assim assegurar a visibilidade, conformidade e credibilidade das informações, o que configura um dos maiores desafios quando o assunto é Governança de Dados.
A descentralização de informações pode gerar desafios de controle, acesso e também de segurança. Isso ocorre pois ela coleta dados de diversos sistemas e muitas vezes os mantém em silos.
Isso se torna um desafio já que por vezes a TI não tem conhecimento desse armazenamento e não será possível protegê-los contra ataques.
Além disso, os silos de dados dificultam o compartilhamento de informações com outras áreas da empresa que poderiam se beneficiar dos dados para suas atividades.
Talvez, esse seja o ponto de maior destaque no debate sobre segurança da informação. As instituições públicas e privadas precisam seguir e respeitar rigorosamente a legislação que regula e regulamenta o uso de dados.
A conformidade exige processos internos bem estruturados para a coleta, utilização e armazenamento de dados sobre consumidores, especialmente as informações sensíveis.
Sem o elemento humano, a Governança de Dados não consegue ser amplamente aplicada. Isso acontece porque não podemos delegar essa função à tecnologia por si só.
Profissionais capacitados, que irão trabalhar em colaboração, são primordiais para aplicar os recursos tecnológicos da melhor forma.
Com a dificuldade para encontrar pessoal qualificado no mercado e com a cibersegurança ficando cada vez mais complexa, a falta de profissionais é um grande desafio a ser superado.
Enquanto a Governança de Dados se ocupa das políticas e procedimentos que envolvem o tratamento informacional, o gerenciamento de dados é a sua aplicação prática.
Por que há um desafio nesse ponto? É inegável que, em algumas situações, a segurança de dados fica apenas na teoria.
O resultado se concretiza em dados desatualizados e frágeis, processos duvidosos e ausência de controle informacional, o que compromete a qualidade dos serviços de uma empresa e, consequentemente, a sua reputação.
Quando apenas o pessoal autorizado consegue visualizar as informações, os riscos de invasões a sistemas caem consideravelmente. Conceder permissões para as pessoas corretas é um grande desafio quando não há processos bem estruturados e tecnologia capaz de suportá-los. Por isso se torna um desafio para as empresas.
A concessão de permissões é um processo interno que garante a privacidade dos usuários, um dos pontos centrais quando tratamos sobre como se adequar à governança de dados e à LGPD.
A Governança de Dados traz as informações necessárias para que as companhias consigam atrair mais clientes e buscar a sua posterior fidelização.
Sem eles, seria impossível traçar um perfil de cliente e definir o público-alvo, comprometendo estratégias de marketing, por exemplo.
Não apenas isso, a Governança de Dados é vital para proteger os dados durante todo o seu ciclo de vida, o que garante o fluxo das informações em trânsito na companhia.
Além disso, os dados são cruciais para monitorar processos internos, facilitando o dia a dia dos colaboradores e garantindo a produtividade e eficiência de todos.
Quando o assunto é conformidade regulatória, um rígido controle informacional traz credibilidade e segurança para as instituições, além de evitar as severas penalidades da LGPD.
Os dados podem gerar valor para a companhia, por meio da identificação de oportunidades no mercado e da certeza nas tomadas de decisão.
Porém, esses não são os únicos benefícios do tratamento adequado de dados.
Vejamos outros pontos benéficos à organização:
Uma política eficiente em Governança de Dados traz agilidade aos processos decisórios em uma companhia.
Sem a necessidade de elaboração manual de relatórios, os dados já estão disponíveis e atualizados para que os analistas possam examiná-los.
Os dados só geram valor quando são filtrados e confiáveis. Sem qualidade, a informação pode inclusive ter o efeito oposto.
Para aumento real na produtividade e lucros, dados precisam ter consistência.
A segurança da informação é algo que não pode ser ignorado pelas companhias. Seja para fins de conformidade ou para neutralizar ataques externos, os dados carecem de cuidado e controle.
O primeiro passo a ser dado para aplicar a Governança de Dados estrategicamente deve ser avaliar a qualidade das informações que chegam aos bancos de dados, bem como as suas origens.
A organização, a padronização e a limpeza dos dados são cruciais para garantir a credibilidade das informações.
É preciso avaliar também a eficiência do hardware e software, ou seja, toda a infraestrutura tecnológica, para que a Governança de Dados cumpra o seu papel.
Outro passo importante é a capacitação profissional, especialmente em assuntos relacionados à LGPD e Compliance. Sem a preparação necessária, a Governança de Dados ficará apenas na teoria.
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