A definição de governança de dados é a mesma que a da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados)? O quanto você deve conhecer sobre elas e preocupar-se em adequar sua gestão?
São muitas as dúvidas que podem surgir…
Se você ainda está “no escuro” em relação a esses temas, é hora de conhecê-los mais a fundo e entender como eles realmente impactam nas organizações.
Muito mais que isso: você deve saber que mesmo que as empresas já tenham uma governança de dados estabelecida, é necessário um olhar mais atento para analisar se a implementação não está em um nível muito básico ou mesmo desestruturado.
Afinal, ter uma política de gerenciamento mais robusta é um desafio e tanto. E não há como adiar isso, pois proteção de dados e cibersegurança são essenciais para que as empresas operem na lei e minimizem seus problemas com ameaças digitais, por exemplo.
Por isso, essas discussões devem ser tratadas como prioridade nas agendas dos setores de TI, com a governança de dados sendo essencial para trazer transparência para as empresas.
Quer entender mais sobre a governança de dados? Continue a leitura!
A governança de dados é uma série de ações que envolvem sistemas e processos para gerenciar e utilizar seus dados, ou seja, os ativos digitais e off-line de uma empresa.
O programa determina as políticas da empresa referente à coleta, processamento, armazenamento, análise e compartilhamento de dados de uma organização.
De acordo com o guia internacional da área, o Data Management Body of Knowledge (DAMA DMBOK®), a governança de dados é “o conjunto de ações em planejamento, monitoramento e execução sobre a gestão de ativos de dados.”
Adotar uma governança de dados é importante para que as empresas fiquem em conformidade com os requisitos da LGPD.
A LGPD é a legislação brasileira específica que estabelece diretrizes obrigatórias para que as empresas lidem com a coleta, processamento e armazenamento de dados pessoais.
Seu objetivo principal é evitar problemas como comercialização, uso indevido e vazamento de dados dos cidadãos, garantindo sua segurança e privacidade.
Por isso é essencial que as organizações estabeleçam uma governança de dados, evitando problemas jurídicos com a LGPD ou autuações administrativas.
A governança de dados tem vários objetivos principais em relação aos dados:
Os objetivos não são apenas técnicos. Eles também direcionam à geração de resultados, como mais transparência nos fluxos de informações, aumento da confiança nas relações comerciais das empresas e altas nas vendas.
Qualquer empresa, independentemente de segmento, porte ou natureza, pode implementar seu programa de governança de dados.
Entretanto, o programa deve estar alinhado a três pontos básicos:
Tendência em todo o mundo, o programa de governança de dados promove muitos benefícios quando bem implementado, como uma maior produtividade, alta vantagem competitiva e melhores tomadas de decisão.
Na verdade, há diversas vantagens na implementação de um programa de governança de dados. Qualquer empresa que adote processos baseados em algoritmos consegue processar informações de forma muito mais ágil e precisa, tomando decisões mais acertadas.
Veja outras vantagens:
As organizações estão cada vez mais dependentes de tecnologias. Mas o que traz mais facilidades por um lado, também traz mais ameaças por outro. Os cibercrimes estão cada vez mais sofisticados e se as empresas não se protegem fortemente, se tornam cada vez mais vulneráveis a ataques.
A governança de dados ajuda com uma gestão de dados mais eficiente, além de regras de segurança que protegem os dados das ameaças virtuais.
A adoção de novas tecnologias pode indicar, em um primeiro momento, mais custos para o negócio. Porém, na prática isso impacta na redução de custos operacionais, pois a equipe se torna mais eficiente na gestão e os riscos são minimizados.
Gerir a informação de forma adequada impacta positivamente nos resultados do trabalho dos colaboradores.
Quando procedimentos eficientes são respeitados e se conhece melhor as regras a seguir, assim como as necessidades da empresa, os erros são evitados e há uma diminuição no retrabalho.
Dessa forma, é correto afirmar que a governança de dados também promove um gerenciamento melhor do tempo e mais produtividade da equipe.
Os riscos devem ser mapeados de forma constante. Para isso, é fundamental que as empresas conheçam todos seus ativos. De outra forma, não conseguirá criar estratégias de prevenção com a equipe de segurança da informação.
Isso é viabilizado com a governança de dados, assim, torna- se mais fácil minimizar os riscos e gerenciar e controlar as potenciais ameaças.
O desenvolvimento de uma gestão estratégica de governança de dados demanda um planejamento cuidadoso, o envolvimento das pessoas certas e de ferramentas apropriadas para esse processo.
Esse planejamento deve envolver uma avaliação do mercado e das tendências em governança de dados e o acompanhamento dos concorrentes.
Outro ponto importante a ser observado é se a empresa está em um momento propício para incorporar novas tecnologias. Ela precisa conhecer os desafios que virão pela frente e entender que há benefícios, que serão colhidos tão logo a gestão de dados se tornar eficaz.
Para melhor adequar a governança de dados e a LGPD à sua gestão, esteja atento a estes cuidados:
Por que precisamos da governança de dados? Essa pergunta deve apontar as motivações que, por sua vez, devem estar alinhadas às estratégias da empresa.
Pode ser apenas uma motivação? Não é recomendado, uma vez que um motivador único pode não mostrar os resultados objetivos e tangíveis.
Os perfis dos responsáveis devem ser adequados a cada etapa ou função na implementação da governança de dados.
Se um dos motivadores, o que é bem provável, for a adequação à LGPD, se deve observar que ações do âmbito jurídico sejam tratadas por advogados, implementações de soluções tecnológicas por equipes de TI, assuntos relacionados à segurança e privacidade dos dados por equipes de segurança da informação e assim por diante.
A responsabilidade pela gestão de dados deve ser compartilhada entre as áreas de tecnologia, negócios e operações.
Com vários setores envolvidos, a condução e direcionamento dos trabalhos e das ações se torna mais abrangente e eficaz.
Por isso, ao montar comitês, a empresa consegue direcionar os assuntos aos comitês específicos, facilitando a viabilização de soluções e tornando os processos mais ágeis.
A LGPD já é uma realidade, já que a cibersegurança está cada vez mais em pauta nos setores de TI, assim como outros elementos que a governança de dados abrange.
Por isso, abordamos os conceitos — tanto de LGPD quanto de governança de dados —, para que não haja confusão entre ambas e falamos sobre a importância da implementação do programa de governança para as empresas.
Quanto mais as organizações entram no universo da transformação digital, mais isso se torna relevante e obrigatório.
Os dados são ativos que valem muito e as empresas que não tiverem uma cultura de data driven, uma boa gestão de dados, assim como a governança e outras metodologias e estratégias importantes, logo perderão sua vantagem competitiva e as possibilidades de crescimento e até mesmo sobrevivência no mercado.
Para finalizar, temos um quiz, para que você saiba se sua empresa é guiada por dados. Faça e descubra!